PÁGINA BLOG
Featured Image

Trabalhadores da Jari Celulose aprovam proposta e devem retomar atividades 5h1x4l

Clima, entretanto, ainda é de cautela; “essa aprovação não é uma carta branca, é um voto de confiança condicionado à retomada dos pagamentos, conforme prometido”, destacou representante sindical f733e

Após uma série de assembleias e longas negociações, os trabalhadores da Jari Celulose aprovaram, nessa quarta-feira, 11, a proposta da empresa para o pagamento parcial dos débitos trabalhistas. A deliberação ocorreu em assembleia geral convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose do Estado do Pará e Amapá (Sintracel), em Monte Dourado (PA), selando um acordo que viabiliza o retorno gradual das atividades da fábrica. Segundo a empresa, pagamentos começam a ser depositados nesta quinta-feira, 12.

A proposta aprovada prevê:

– O pagamento de um salário referente a janeiro de 2023 e benefícios (incluindo férias) para os trabalhadores;
– Aqueles que ingressaram na empresa após janeiro de 2023 receberão o valor correspondente ao único salário trabalhado;
– Para quem retornou de férias e constava com saldo zero em janeiro, será pago o mês subsequente;
– Os salários de junho e julho de 2025 serão pagos regularmente ao final de cada mês;
– O plano de saúde permanece inativo, mas haverá assistência médica conforme necessidade, com previsão de retomada plena em até três meses após o reinício das operações da fábrica.

Apesar de inicialmente exigir o pagamento de ao menos cinco salários para retomar as atividades, os trabalhadores, por maioria, optaram por aceitar os termos diante do ime prolongado e das dificuldades financeiras enfrentadas.

A mudança de postura ocorre em meio a um cenário jurídico ainda conturbado. Conforme revelado em decisão judicial recente, o Ministério Público do Estado do Pará havia solicitado que os valores da venda da UPI Amapá permanecessem judicializados, uma vez que a empresa não teria cumprido todas as exigências de transparência e planejamento financeiro para a liberação dos recursos. Ainda assim, a Justiça entendeu que não havia elementos suficientes para suspender a liberação parcial, o que abriu espaço para a empresa avançar nos compromissos com os trabalhadores.

Com o novo acordo, o clima entre a categoria ainda é de cautela. “Essa aprovação não é uma carta branca. É um voto de confiança condicionado à retomada dos pagamentos conforme prometido”, destacou um representante sindical ouvido pela reportagem.

A previsão é de que os trabalhos na unidade industrial de Monte Dourado sejam retomados gradualmente nas próximas semanas, à medida que os pagamentos forem sendo efetuados. O sindicato deve acompanhar o cumprimento dos prazos acordados e poderá convocar nova assembleia caso haja descumprimento dos termos. A Jari Celulose prevê o retorno completo das atividades em até 90 dias.

Informações: Diário do Amapá.

Featured Image

Jari Celulose afunda em dívidas de R$ 1,7 bilhão: MP do Pará acusa fraude e credores pressionam 6t6j1l

Em um cenário de crise financeira, com dívidas que ultraam R$ 1,7 bilhão, a Jari Celulose, Papel e Embalagens S/A, situada na fronteira entre Pará e Amapá, enfrenta uma contundente manifestação do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA). O promotor de justiça Felipe José Gonçalves acusa a empresa de práticas fraudulentas, incluindo a “simulação de contrato de mútuo”, em um processo que expõe irregularidades na gestão dos recursos durante sua recuperação judicial (Processo nº 0002487-69.2019.8.14.9100). O Ver-o-Fato teve o com exclusividade à manifestação do fiscal da lei, cuja íntegra está no final desta matéria.

O MPPA aponta que a recuperação judicial da Jari Celulose, iniciada em 2019, tem sido marcada por “intensa judicialização” devido à falta de transparência e descumprimento da Lei nº 11.101/2005. A empresa, que está inativa há mais de um ano, é alvo de críticas por operações financeiras mal documentadas e alienações de bens sem autorização judicial.

Um dos pontos mais graves levantados pelo promotor é a suspeita de fraude em um contrato de mútuo no valor de R$ 1,55 milhão, firmado com a Green Gold Indústria, Comércio e Serviços Ltda. Segundo o judicial, o montante foi depositado por outra empresa, a NG Engenharia e Construções Ltda., sem explicações claras sobre a origem ou destino dos valores.

O MPPA destaca que a Jari Celulose não apresentou documentos que comprovem a legitimidade das transações, como o valor real do crédito cedido ou a justificativa para a participação de terceiros. Além disso, há uma diferença de R$ 489.115,00 entre o valor recebido e o efetivamente desembolsado, cuja destinação permanece obscura.

A empresa também é acusada de realizar vendas de ativos, como casas e imóveis, sem contratos formais ou comprovação de recebimento, com pagamentos transferidos para contas alheias e gastos questionáveis, como R$ 12.361,20 com o funeral de um familiar de um colaborador e R$ 94.962,67 em aluguéis sem identificação dos imóveis.

Outro ponto crítico é a ausência de prestação de contas sobre R$ 9 milhões, mencionados em um processo paralelo. A Jari apresentou apenas planilhas genéricas, sem documentos que detalhem os destinatários dos valores, como pagamentos de R$ 2,6 milhões a título de “saldo de agosto” ou R$ 812.796,38 para a AGG Silvicultura e Serviços Ltda. Para o MPPA, tais práticas reforçam a necessidade de maior rigor na fiscalização.

Alienação da UPI Amapá e exigências do MPPA

Com a iminente venda da Unidade Produtiva Isolada (UPI) Amapá, cujo prazo da proposta da arrematante venceu no último dia 16, quarta-feira, o MPPA defende que o valor da transação seja integralmente depositado em juízo, condicionando sua liberação à apresentação de documentos que garantam transparência.

O promotor solicita que a Jari comprove a destinação de todos os valores arrecadados, esclareça o contrato de mútuo, apresente um estudo técnico de viabilidade para reativar a planta industrial e detalhe um cronograma financeiro para a retomada das atividades.

O MPPA também critica o cronograma apresentado pela empresa, descrito como “genérico” e desprovido de embasamento técnico. O órgão enfatiza que, em um processo envolvendo bilhões de reais, é inaceitável a falta de planejamento detalhado e a ausência de justificativas para despesas projetadas.

Futuro incerto e pressão por compliance

Embora reconheça a urgência na conclusão da venda da UPI Amapá, o MPPA alerta que isso não justifica a liberação imediata dos recursos sem controle rigoroso. O histórico de omissões e a inatividade da empresa reforçam a necessidade de cautela. O promotor Felipe Gonçalves descarta, por ora, o pedido de destituição dos es, mas reforça que a Jari deve cumprir as formalidades da recuperação judicial, sob pena de medidas mais drásticas, como previstas no artigo 64 da Lei nº 11.101/2005.

A manifestação do MPPA coloca a Jari Celulose sob pressão para corrigir irregularidades e adotar práticas transparentes. Enquanto o processo avança, credores, trabalhadores e a sociedade aguardam respostas sobre o futuro da empresa, que já foi um pilar econômico na região. A próxima decisão judicial será crucial para determinar se a Jari conseguirá superar a crise ou se afundará ainda mais em um mar de dívidas e desconfianças.

Ver-o-Fato tem tentado, sem sucesso, ouvir a Jari sobre as acusações do MP paraense. O espaço está aberto à manifestação da empresa.

Informações: Ver-o-Fato.

Featured Image

Recuperação judicial da Jari Celulose deve ser transformada em falência 4x5i6u

O judicial da empresa alega incapacidade de recuperação da fábrica, parada desde 2022

O judicial da Recuperação Judicial da Jari Celulose pediu a sua transformação em falência. A informação é do jornalista paraense Mauro Bonna, que assina coluna no jornal Diário do Pará.

Segundo ele, o judicial alegou incapacidade de recuperação da fábrica, parada há mais de 17 meses, e o atraso de mais de dez meses de salários, embora a empresa tenha angariado recursos financeiros vultuosos, através de financiamentos obtidos mediante garantia patrimonial.

Em uma primeira assembleia geral, no ano ado, nada foi deliberado pelos credores sobre a aprovação ou não do plano de recuperação proposto pela Jari, apenas adiada a decisão. O pedido de falência, protocolado em dezembro de 2023, está para decisão do juiz da Comarca de Monte Dourado.

Em novembro do ano ado, a fábrica da Jari Celulose, em Monte Dourado, sem atividade fabril havia mais de 15 meses, informou que não conseguira retomar a sua capacidade produtiva, sem dinheiro para óleo combustível e pagamento de salários atrasados. A Jari já alegava que estava em vias de fechar a venda de créditos tributários federais, verba suficiente para restabelecer a atividade produtiva e pagar salários. Está marcada uma assembleia geral de credores para o próximo mês de fevereiro vindouro, mas dificilmente a Jari conseguirá aprovar o seu plano de recuperação judicial, caminhando a os largos para a falência.

Crise prolongada

Em julho de 2019, a Justiça do Pará aceitou o pedido de recuperação judicial das empresas do grupo Jari, que entre outras atividades produz celulose solúvel no Vale do Jari, região amazônica entre os estados do Pará e do Amapá, e é controlado pelo empresário Sérgio Amoroso. A dívida total sujeita ao processo era de R$ 1,75 bilhão. A intenção era apresentar o plano de recuperação dentro dos 60 dias previstos em lei.

No deferimento, que tem data de 16 de julho, a juíza Rafaella Moreira Lima Kurashima, da Comarca de Almeirim e do distrito de Monte Dourado, reconheceu o argumento do grupo de que uma série de eventos prejudicou a expansão dos negócios nos últimos anos, incluindo a “má escolha” de prestadores de serviços. A Jari Celulose teve problemas na conversão da fábrica de celulose de fibra curta para a celulose solúvel há alguns anos, o que levou à paralisação da operação por um longo período.

Em meados do ano ado, a situação financeira se agravou e a pressão dos credores acabou se refletindo na atividade de empresas do grupo. Diante disso, os bancos BTG Pactual e Bradesco foram mandatados pela Jari Celulose para encontrar um sócio para a empresa. Naquele momento, não estava definido um limite para a fatia que seria vendida ao futuro sócio.

Em abril deste ano, as contas da Jari acabaram bloqueadas pelo Banco do Brasil, levando-a a paralisar parte de sua produção. As empresas do grupo que entraram em recuperação judicial empregam cerca de 700 trabalhadores direto e dois mil indiretos.

Com o objetivo de se concentrar no negócio de celulose, a Jari iniciou em 2012 a venda de seu negócio de embalagens de papelão ondulado no país para a americana International Paper (IP), que agora busca uma opção estratégica para esses ativos e vai deixar esse segmento no mercado brasileiro. Em duas etapas de compra, entre 2012 e 2014, a IP desembolsou R$ 1,27 bilhão.

Naquele momento, a Jari já estava investindo na conversão da fábrica no Norte do país para a produção de celulose solúvel, usada como matéria-prima na indústria têxtil. À época, o dono do grupo informou que os investimentos giravam em torno de R$ 600 milhões, incluindo o plantio de florestas, dos quais R$ 350 milhões financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A “nova” Jari teria capacidade de produção inicial de 250 mil toneladas por ano.

Informações: Diário do Amapá.

Featured Image

Jari Celulose para atividades, mais uma vez 502i3t

Última retomada dos serviços se deu em 21 de agosto ado, para manutenção da fábrica que agora se encontra sem combustível para funcionar  

Com menos de três meses depois que anunciou a retomada de atividades, causando alvoroço, alegria e esperança nas populações de Laranjal e Vitória do Jari, no Amapá, e Monte Dourado e Almeirim, ambos locais no Pará, a Jari Florestal paralisa de novo, desta vez alegando que não dispõe de recursos para comprar o combustível que faria a fábrica funcionar na produção de celulose.

A notícia da paralisação das atividades, nesta quarta-feira, 13, caiu com uma bomba no Vale do Jari, região no sul do Amapá e norte do Pará, dependente econômica e socialmente do funcionamento da fábrica da tradicional Jari Celulose, empresa que com o empreendimento foi responsável pelo povoamento de Laranjal do Jari, Vitória do Jari e Monte Dourado, esse último, distrito de Almeirim, município paraense.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose dos Estados do Pará e Amapá (Sintracel), Ivanildo Quaresma Uchoa, disse ao correspondente do Diário do Amapá, no Vale do Jari, Dalto Pacheco, que em conversa com a direção da Jari Celulose teve a informação de que a paralisação é, por ora, por tempo indefinido.

Relembrando

A Jari Celulose retornou às atividades em 21 de agosto ado, depois de cerrar as portas em 2022. De acordo com o que foi anunciado na ocasião, a volta inicialmente seria para serviços de manutenção da fábrica. A fiação e peças das três caldeiras existentes e do tubo gerado do parque industrial estariam seriamente comprometidas.

Para fazer a manutenção da fábrica e pagar os salários dos mais de 2.500 funcionários da empresa, a Jari Celulose teria disponível 27 milhões de reais. Esse dinheiro, segundo a direção da Jari informou ao sindicalista Ivanildo Quaresma, foi usado no cumprimento do plano, mas agora não há recursos para continuar, já que a fábrica de celulose se encontra sem combustível.

Informações: Diário do Amapá.

Anúncios aleatórios w6j56

+55 67 99227-8719 [email protected]

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados Desenvolvimento: Agência W3S