PÁGINA BLOG
Featured Image

Concessão da Rota da Celulose é suspensa após consórcio vencedor perder principal contrato 52723a

A Comissão Especial de Licitação (CEL) suspendeu o andamento da concessão da Rota da Celulose, que prevê a exploração de um sistema rodoviário de 870 km em Mato Grosso do Sul. O motivo é a necessidade de diligências para correta instrução do processo licitatório, segundo comunicado publicado na quarta-feira (11) pelo EPE (Escritório de Parcerias Estratégicas), órgão ligado ao Governo do Estado. 3d2c4z

Com isso, os prazos legais estão interrompidos até que as medidas necessárias sejam cumpridas. A suspensão ocorre após o consórcio vencedor do leilão, K&G Rota da Celulose — formado pelas empresas K-infra Concessões e Galápagos Participações — perder o principal comprovante de qualificação técnica apresentado durante a disputa: o contrato de concessão da BR-393/RJ (Rodovia do Aço), que foi anulado pelo governo federal no último dia 3.

A concessão da Rota da Celulose foi leiloada no dia 8 de maio. O consórcio K&G venceu com proposta que ofereceu desconto de 9% sobre a tarifa-teto, resultando em R$ 0,19 por quilômetro em pista simples e R$ 0,26 em pista dupla, além da obrigatoriedade de aporte financeiro de R$ 217,3 milhões.

Outros três concorrentes participaram do certame:

  • Rotas do Brasil S.A., com 5% de desconto e aporte de R$ 137,2 milhões;
  • Consórcio Caminhos da Celulose (XP Investimentos), com 8% de desconto e aporte de R$ 195,6 milhões;
  • BTG Pactual, com 4% de desconto e aporte de R$ 118,8 milhões.

Com a anulação da concessão da BR-393, o consórcio liderado pela XP, segundo colocado no leilão, protocolou recurso istrativo pedindo a inabilitação da K&G. Segundo o recurso, a K&G deixou de atender aos critérios técnicos e financeiros exigidos pelo edital, já que não possui mais a concessão que havia sido usada como base para comprovação de experiência.

Featured Image

Mercado florestal debate inteligência de dados como aliada na eficiência da colheita 3k182d

Reflorestar investe em integração entre áreas e conscientização das equipes para aplicar inteligência de dados à manutenção e logística na colheita mecanizada

A busca por maior eficiência nas operações florestais a, cada vez mais, pela aplicação da inteligência de dados no campo. Conectividade, manutenção preditiva e logística integrada foram temas centrais da 7ª Reunião Técnica do Grupo de Trabalho de Colheita e Logística Florestal, promovida pela Sociedade de Investigações Florestais (SIF), da Universidade Federal de Viçosa (UFV). A Reflorestar Soluções Florestais participou do encontro, realizado neste mês na Aperam, em Capelinha (MG), com a presença de cerca de 170 profissionais do setor.

Para o gerente-geral de operações da Reflorestar, Nilo Neiva, o uso de inteligência de dados nas rotinas de manutenção e logística vem ganhando espaço dentro da empresa e representa um caminho promissor para a evolução operacional. “Estamos em um processo de mudança de cultura, no qual as decisões começam a ser baseadas em dados e não mais em percepções isoladas. Isso exige envolvimento das equipes e integração entre as áreas”, destacou.

Na prática, isso significa buscar maior previsibilidade para a troca de peças, evitar paradas inesperadas de equipamentos e conectar informações de diferentes setores para que a produção não seja comprometida. Ainda segundo Nilo, essa mudança está em andamento e exige mais do que tecnologia: exige entendimento humano.

“É um trabalho contínuo de conscientização, em que mostramos para as equipes que a manutenção preditiva e os dados confiáveis ajudam na tomada de decisão. Quando setores como segurança, suprimentos e manutenção estão alinhados, o impacto positivo na operação é imediato”, explicou.

Desenvolvimento humano para transformação operacional

A Reflorestar tem atuado em diversas frentes para apoiar essa transformação digital e operacional. Além da adoção gradual de tecnologias e da integração entre setores, a empresa investe fortemente no desenvolvimento das pessoas. Um dos destaques é o programa ICAP – Inteligência Comportamental Aplicada à Performance. Em sua edição mais recente contemplou 226 colaboradores das áreas operacionais das oito unidades da empresa. O ICAP tem como objetivo aprimorar habilidades comportamentais e emocionais, essenciais para o fortalecimento da cultura de segurança, colaboração e excelência no desempenho.

Essa abordagem integrada entre inovação, dados e pessoas tem sido o pilar da atuação da Reflorestar, que hoje está presente em cinco estados brasileiros, Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo, com soluções mecanizadas em toda a cadeia produtiva florestal.

Além do gerente-geral de operações Nilo Neiva, também representaram a Reflorestar na reunião do GT de Colheita o gerente de contratos Thiago Werneck e o gerente de oficina Cláudio Gonçalves.

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais, incluindo silvicultura, colheita mecanizada, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes.

Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Com 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite o site da Reflorestar .

Featured Image

Resultado do Prêmio IBRAMEM de Arquitetura e Design em Madeira 2025 é divulgado em cerimônia de encerramento do XVIII EBRAMEM a233u

Premiação reconhece excelência acadêmica e profissional no uso da madeira na arquitetura e no design latino-americanos

O Prêmio IBRAMEM de Arquitetura e Design em Madeira 2025 anunciou seus vencedores no dia 7 de maio, durante a cerimônia de encerramento do XVIII Encontro Brasileiro em Madeira e em Estruturas de Madeira (EBRAMEM), realizado no Campus da FIEP, em Curitiba (PR). Promovido e organizado pelo XVIII EBRAMEM, Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira (IBRAMEM) e Núcleo da Madeira, o prêmio celebrou sua 8ª edição reconhecendo a excelência acadêmica e profissional no uso da madeira na arquitetura e no design latino-americanos.

Com duas categorias – Arquitetura e Design – e duas modalidades – profissionais e estudantes de graduação das áreas de Arquitetura, Engenharias e Design –, o Prêmio IBRAMEM 2025 registrou número recorde de inscrições: foram 116 trabalhos recebidos entre os dias 16 de setembro de 2024 e 02 de fevereiro de 2025, provenientes de sete países da América Latina (Brasil, Argentina, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai) e nove estados brasileiros (CE, DF, ES, MG, RJ, SP, PR, SC e RS).

Todos os trabalhos inscritos aram por um criterioso processo de avaliação conduzido por um júri formado por docentes e profissionais renomados nas áreas de Arquitetura, Engenharia e Design da América Latina. Após as etapas de homologação e julgamento, 20 trabalhos foram selecionados como finalistas e, durante o XVIII EBRAMEM, foram expostos e submetidos a votação popular. Todos os resultados foram divulgados na cerimônia de premiação.

O prêmio destacou projetos que evidenciam as qualidades técnicas, culturais e socioambientais da madeira, reafirmando seu papel estratégico para uma construção mais sustentável, inovadora e humanizada. Confira os trabalhos premiados:

PRÊMIO IBRAMEM 2025 | Resultado do JÚRI

ARQUITETURA | MODALIDADE PROFISSIONAL

VENCEDOR

Biblioteca Comunitária Yuyarina Pacha

Al Borde | Equador

MENÇÃO HONROSA

Casas Taguaí – Protótipos em MLC

Xavier Arquitetura | São Paulo | Brasil

Chaki Wasi – Centro de Artesanías de la Comunidad de Shalalá

La Cabina de la Curiosidad | Equador

Casa Quinta

Arquipélago Arquitetos | São Paulo | Brasil

Crematorio Maule

Urzúa Soler Arquitectos | Chile

MENÇÃO DE DESTAQUE Conjunto Tanica

Izquierdo Lehmann Arquitectos | Chile

Hangar Museu

Nola Arquitetura | Santa Catarina | Brasil

Casa Aleros

Urzúa Soler Arquitectos | Chile

ARQUITETURA | MODALIDADE ESTUDANTE

VENCEDOR

Regeneração e Espaço – Canteiro Experimental UFPR

Eduarda Michelon, Cibele Kunzler e Prof. Patrícia de Freitas Nerbas | UNISINOS – São Leopoldo/RS

MENÇÃO HONROSA Canteiro Trama

João Augusto Brandão Baldassin, Beatriz Medeiros Urbano, João Gabriel Costa e Silva, Leonardo Luis Floriano e Prof. Akemi Ino | IAU USP – São Carlos/SP

Canteiro IPÊ

Raul Comelli Pizzato, Gabriel Castro Osachuki, Prof. Marina Oba e prof. Maria Regina Leoni Schmid Sarro | UFPR – Curitiba/PR

Canteiro de Obras UFPR

Rodolfo de Lima Tomazelli, Nadine Dranka Moro e Prof. Maria Regina Leoni Schmid Sarro | UFPR – Curitiba/PR

Canteiro do Aviário – Canteiro Experimental da UFPR

Christian Almeida Campos do Nascimento, Prof. Reginaldo Luiz Nunes Ronconi e Jônatas de Souza e Silva | FAU USP – São Paulo/SP

DESIGN | MODALIDADE PROFISSIONAL VENCEDOR Poltrona Paco

Lattoog | Rio de Janeiro – Brasil

MENÇÃO HONROSA Projeto Piso 4D

Tetrus Tecnologia de Soluções Ltda | São Paulo – Brasil

Cabideiro Jaboticaba

O Criativo Design | Paraná – Brasil

Estante Tajapi – Grafismo

Estúdio Igor Lima | São Paulo – Brasil

Arandela Boreal

David Tessler Design | Paraná – Brasil

DESIGN | MODALIDADE ESTUDANTE VENCEDOR Modularis Maria Julia Fusco Ferreira, Prof. Débora Cristina Rosa Faria da Costa e Prof. Heloisa Martin Mendes Pereira Helena | IFSP – Jacareí/SP

MENÇÃO HONROSA Goiabão

Gabriel Luiz Tiepermann e Prof. Rodolfo Krul Tessari | UTFPR – Curitiba-PR

_

PRÊMIO IBRAMEM 2025 | Resultado da VOTAÇÃO POPULAR

*a votação popular foi realizada de 05 a 06 de maio de 2025, durante o XVIII EBRAMEM.

ARQUITETURA | MODALIDADE PROFISSIONAL Biblioteca Comunitária Yuyarina Pacha

Al Borde | Equador

19,4% dos votos

ARQUITETURA | MODALIDADE ESTUDANTE Canteiro IPÊ

Raul Comelli Pizzato, Gabriel Castro Osachuki, Prof. Marina Oba e Prof. Maria Regina Leoni Schmid Sarro | UFPR – Curitiba/PR

53% dos votos

DESIGN | MODALIDADE PROFISSIONAL Arandela Boreal

David Tessler Design | Paraná – Brasil

34,3% dos votos DESIGN | MODALIDADE ESTUDANTE Goiabão

Gabriel Luiz Tiepermann e Prof. Rodolfo Krul Tessari | UTFPR – Curitiba-PR

62,7% dos votos

_

O Prêmio IBRAMEM de Arquitetura e Design em Madeira 2025 reafirma a relevância da madeira como protagonista na arquitetura e no design contemporâneos, valorizando soluções construtivas inovadoras, sensíveis ao contexto social e comprometidas com a sustentabilidade na América Latina.

_

Comissão Organizadora

Prêmio IBRAMEM de Arquitetura e Design em Madeira 2025

Maio de 2025.

Featured Image

Estudo publicado na revista suíça revela que o Amapá lidera estoques de biomassa na Amazônia 2e1s32

Dados divulgados na revista científica Sustentabilidade apontam que as florestas responsáveis ​​pelos maiores acúmulos de biomassa no estado estão em áreas protegidas e alcançam valores acima da média amazônica 3s2c3r

Um estudo publicado na revista científica Sustentabilidade, que tem sede na Suíça, revelou que  as florestas do Amapá armazenam uma maior quantidade de biomassa por hectare de toda a Bacia Amazônica . Essa biomassa é constituída de toda matéria vegetal proveniente de áreas florestais como madeira, galhos e folhas.

Segundo os dados,  o Amapá possui uma média de 537 toneladas de biomassa por hectare  e se destaca por manter 84% de suas florestas em áreas protegidas. 

Como cerca de 48,5% da biomassa é carbono, segundo os pesquisadores, as florestas do Amapá se apresentam com uma maior densidade de carbono de toda a Amazônia, com 260 toneladas de carbono por hectare. O número é maior que o dobro (124%) da média para a região amazônica, que é de apenas 116 toneladas de carbono por hectare.

A pesquisa foi liderada pelo pesquisador José Julio de Toledo, do Departamento de Ciências Ambientais da Universidade Federal do Amapá (Unifap). Participaram do trabalho outros 11 cientistas de outras universidades e institutos. 

Para o pesquisador, isso contribui significativamente para a preservação e a mitigação das mudanças climáticas. 

“É fundamental implementar ou fortalecer políticas públicas que respaldem a conservação dessas áreas, como a gestão comunitária e cadeias produtivas sustentáveis ​​como óleos essenciais, frutos, sementes, etc. Ao combinar proteção legal, desenvolvimento econômico local e mecanismos de mercado, o Amapá pode se consolidar como modelo mundial de uma floresta em pé que renova valor, reforça sua biodiversidade e mantém-se no centro da solução para a crise climática”, explicou o Toledo.

Os pesquisadores utilizaram dados de levantamentos florísticos e técnicas de modelagem espacial avançadas para gerar um mapa de concentração de biomassa nas florestas do Amapá. Os resultados demonstraram que as florestas de terras baixas não inundáveis ​​são as mais produtivas, seguidas pelas florestas submontanas (em encostas e bases de montanhas) e de várzea. 

Marcelino Guedes, engenheiro florestal da Embrapa Amapá, explicou que a existência de árvores gigantes no Platô das Guianas e no Vale do Jari, no Sul do estado, são exemplos de áreas com acúmulos de biomassa. 

“A gente já tinha vários conselhos mostrando realmente que no Vale do Jari, onde existem as árvores gigantes, a floresta é muito mais pujante. É uma floresta muito mais produtiva em termos de acúmulo de biomassa. Esse grande estoque de carbono sequestrado nessa floresta em pé ajuda a evitar e combater todos os problemas decorrentes da crise climática”, disse.

Os autores alertam que, para conservar esse importante estoque de carbono, é necessário reforçar a proteção das reservas, especialmente aquelas de uso sustentável, onde há concessões de manejo florestal. 

Além disso, recomenda-se a implementação de políticas públicas que fortaleçam o combate ao desmatamento e incentivem iniciativas como o REDD+ e projetos de manejo florestal comunitário. 

A pesquisa destacou o papel estratégico do Amapá no cenário ambiental global e reforça a necessidade de investimentos em conservação e desenvolvimento sustentável na região. 

“Essa é uma conquista não só para a academia científica, mas para todo o povo amapaense. Nossas florestas são um tesouro natural de valor global, podendo atrair investimentos em conservação e desenvolvimento sustentável”, descreveu o pesquisador José Douglas, da Universidade do Estado do Amapá (Ueap).

Também participaram trabalhos de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), da Universidade Estadual de Roraima (UERR) e da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). 

Informação: G1/Imagem destaque: crédito José Júlio Toledo.

Featured Image

Trabalhadores da Jari Celulose aprovam proposta e devem retomar atividades 5h1x4l

Clima, entretanto, ainda é de cautela; “essa aprovação não é uma carta branca, é um voto de confiança condicionado à retomada dos pagamentos, conforme prometido”, destacou representante sindical

Após uma série de assembleias e longas negociações, os trabalhadores da Jari Celulose aprovaram, nessa quarta-feira, 11, a proposta da empresa para o pagamento parcial dos débitos trabalhistas. A deliberação ocorreu em assembleia geral convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose do Estado do Pará e Amapá (Sintracel), em Monte Dourado (PA), selando um acordo que viabiliza o retorno gradual das atividades da fábrica. Segundo a empresa, pagamentos começam a ser depositados nesta quinta-feira, 12.

A proposta aprovada prevê:

– O pagamento de um salário referente a janeiro de 2023 e benefícios (incluindo férias) para os trabalhadores;
– Aqueles que ingressaram na empresa após janeiro de 2023 receberão o valor correspondente ao único salário trabalhado;
– Para quem retornou de férias e constava com saldo zero em janeiro, será pago o mês subsequente;
– Os salários de junho e julho de 2025 serão pagos regularmente ao final de cada mês;
– O plano de saúde permanece inativo, mas haverá assistência médica conforme necessidade, com previsão de retomada plena em até três meses após o reinício das operações da fábrica.

Apesar de inicialmente exigir o pagamento de ao menos cinco salários para retomar as atividades, os trabalhadores, por maioria, optaram por aceitar os termos diante do ime prolongado e das dificuldades financeiras enfrentadas.

A mudança de postura ocorre em meio a um cenário jurídico ainda conturbado. Conforme revelado em decisão judicial recente, o Ministério Público do Estado do Pará havia solicitado que os valores da venda da UPI Amapá permanecessem judicializados, uma vez que a empresa não teria cumprido todas as exigências de transparência e planejamento financeiro para a liberação dos recursos. Ainda assim, a Justiça entendeu que não havia elementos suficientes para suspender a liberação parcial, o que abriu espaço para a empresa avançar nos compromissos com os trabalhadores.

Com o novo acordo, o clima entre a categoria ainda é de cautela. “Essa aprovação não é uma carta branca. É um voto de confiança condicionado à retomada dos pagamentos conforme prometido”, destacou um representante sindical ouvido pela reportagem.

A previsão é de que os trabalhos na unidade industrial de Monte Dourado sejam retomados gradualmente nas próximas semanas, à medida que os pagamentos forem sendo efetuados. O sindicato deve acompanhar o cumprimento dos prazos acordados e poderá convocar nova assembleia caso haja descumprimento dos termos. A Jari Celulose prevê o retorno completo das atividades em até 90 dias.

Informações: Diário do Amapá.

Featured Image

Arauco promove Jornada do Meio Ambiente e plantio de árvores em Inocência (MS) 3r3z5j

Ação reforça o compromisso da companhia com o bioma local e o fortalecimento da relação com a comunidade

A Arauco Brasil promoveu nesta quarta-feira (11) um encontro institucional na Casa Arauco, em Inocência (MS), seguido da ação “Inocência Arborizada” com plantio de mudas nativas em área urbana da cidade. A iniciativa faz parte da Jornada do Meio Ambiente e marca o compromisso da companhia com o desenvolvimento sustentável, o fortalecimento de parcerias locais e a valorização do bioma Cerrado, onde está localizado o Projeto Sucuriú, marco da entrada da divisão de celulose da empresa no Brasil.

No início da tarde, o encontro na Casa Arauco reuniu comunidade, representantes da Prefeitura de Inocência, lideranças institucionais, empresariais, vereadores, Sindicato Rural local, além de membros do corpo diretivo e gerencial da Arauco. A agenda incluiu o compartilhamento de estratégias para a gestão ambiental, uso consciente da água, manejo de resíduos e a integração entre iniciativa privada e políticas públicas voltadas ao desenvolvimento com responsabilidade.

Na sequência, estudantes participaram do plantio de 150 mudas de espécies da região – pata-de-vaca, tamboril, quaresmeira, barbatimão, caliandra e tarumã – todas indicadas ao ambiente urbano, com reconhecido potencial de arborização sustentável. Esta ação foi protagonizada por alunos do CEI (Centro Educacional Professor Olivalto Elias da Silva), simbolizando um pacto coletivo por um futuro mais verde e resiliente, em harmonia com as características do Cerrado e seu papel estratégico na conservação dos recursos naturais.

“Recebemos com entusiasmo esta primeira ação de plantio, que transforma uma das principais ruas da nossa cidade em um símbolo vivo da beleza e da riqueza do Cerrado. Que cada árvore seja um convite à reflexão sobre a importância de preservar aquilo que nos conecta à nossa origem e ao nosso futuro”, destaca o prefeito de Inocência, Antônio Ângelo, parabenizando a Arauco pela Jornada do Meio Ambiente, iniciada em 2 de junho.

“A valorização do bioma Cerrado e a integração com as comunidades do entorno são essenciais no desenvolvimento do Projeto Sucuriú. Ao plantar espécies nativas, reforçamos a importância de preservar o equilíbrio ambiental e fortalecer os vínculos com as pessoas que vivem nessa região, junto a uma das mais ricas áreas de biodiversidade do planeta”, afirma Theófilo Militão, diretor de ESG e Relações Institucionais da Arauco.

Além da referência ao Dia Internacional do Meio Ambiente, comemorado no dia 5, a Jornada mobilizou colaboradores da Arauco e das empresas que trabalham no Projeto Sucuriú em ações temáticas que abordaram questões importantes da pauta ambiental, como biodiversidade regional, práticas sustentáveis em obras civis, eficiência no uso de recursos e os impactos das mudanças climáticas.

Conforme a gerente de Meio Ambiente da Arauco, Camila Paschoal, trata-se de um trabalho diário e contínuo realizado na região. “Além dos 24 programas de monitoramento ambiental que desenvolvemos durante a instalação da fábrica, desde 2024 a Arauco iniciou um trabalho de educação ambiental em Inocência e São Pedro, sempre com objetivo de conscientizar sobre a biodiversidade e recursos naturais, para garantir que tenhamos um crescimento sustentável pra cidade”, explica.

Com investimento de US$ 4,6 bilhões, o Projeto Sucuriú inclui a construção de uma planta com capacidade de produção anual de 3,5 milhões de toneladas de celulose por ano. O empreendimento está sendo desenvolvido em uma área de 3.500 hectares, às margens do Rio Sucuriú, a 50 quilômetros do centro de Inocência. Com início das obras em 2024, a operação plena é prevista até o final de 2027.

Featured Image

Novo fundo de florestas renderá ao Brasil o triplo do orçamento do Meio Ambiente, diz negociador do ministério 6m165q

Em entrevista ao GLOBO, André Aquino, o assessor especial do MMA que negocia a criação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) diz que o mecanismo deve trazer o equivalente a R$ 5 bilhões por ano ao tesouro 244t4q

O principal negociador do Ministério do Meio Ambiente (MMA) para a criação internacional do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) afirma o Brasil deverá conseguir captar com países investidores um valor anual equivalente a três vezes o orçamento atual da pasta.

Após participar de evento com empreendedores da área de sustentabilidade, André Aquino, assessor especial de economia da ministra Marina Silva, diz que as negociações para o fundo estão avançadas. Representantes dos dez países envolvidos na iniciativa estarão na COP30, a conferência do clima de Belém, com a possibilidade de o acordo já em novembro.

“Nós fizemos alguns cálculos, e é expressivo para o Brasil o volume de pagamentos possíveis”, afirmou. “Nós estimamos que o Brasil poderia receber mais de R$ 5 bilhões de reais anualmente.”

Em entrevista ao GLOBO após participar da Brazil Climate Investment Week, em São Paulo, Aquino explica como deve ser o mecanismo que permitirá ao novo fundo operar.

O TFFF acabou se tornando uma métrica de sucesso para a COP30? Com a dificuldade de avançar as negociações dentro do Acordo de Paris, ele pode ser o principal elemento concreto saindo da conferência em Belém?

O TFFF é um mecanismo bastante concreto que visa levantar cerca de US$ 4 bilhões anualmente e perpetualmente, basicamente para os países tropicais. Então ele é realmente é uma transformação nas finanças para a floresta. Ele aumenta a quantidade de financiamento para a conservação de uma maneira exponencial, e conservar as florestas é essencial para os objetivos da COP do clima.

Como a gente depende das florestas para colocar de pé o TFFF, isso é, sim, uma grande conquista que envolve o governo brasileiro, mas não só, porque o TFFF está sendo construído de uma maneira coletiva com 11 outros países, com povos indígenas… Estamos trabalhando muito próximos da aliança global de territórios coletivos, da sociedade civil e diversas ONGs. Esse mutirão pelas florestas tem como objetivo grande a concretização do TFFF na COP30 em Belém.

De que maneira ele vai ser assinado? O TFFF vai estar sacramentado no texto de decisão da COP?

O TFFF não faz parte da convenção de clima. Ele não é parte das negociações. Nós estamos tratando dele, de certa forma, como parte da agenda de ação. Ele está sendo discutido de maneira bilateral e multilateral entre países.

Por exemplo, temos utilizado o fórum do BRICS para discutir com possíveis países investidores. Nós acreditamos que num futuro, talvez não agora, a China possa ser um país investidor do TFFF.

Estamos utilizando diferentes fóruns para negociar, para atrair mais apoio a essa ideia, particularmente para mobilizar os aportes financeiros iniciais.

Que países doadores estão na mesa até agora?

São seis, mas a gente não usa o termo ‘doador’, e sim ‘investidor’, porque eles terão retorno. Isso é muito importante, não é só semântico, porque significa que a gente não está procurando os orçamentos de ajuda oficial ao desenvolvimento, que estão sendo reduzidos mundo afora pela situação geopolítica que estamos vivendo.

Dos seis países, quatro são europeus: Alemanha, Reino Unido, França e Noruega, que são parceiros tradicionais na agenda de florestas e no Fundo Amazônia. Os Emirados Árabes também estão. O último era, até o ano ado, os Estados Unidos. Até antes da mudança do governo eles estavam muito engajados, agora não estão.

Na outra ponta nós temos cinco países tropicais. Tem os três maiores, que são Brasil, Indonésia, e República Democrática do Congo. Os outros são Colômbia, Gana e Malásia. Isso veio da formação, no ano ado, de um comitê diretivo informal que está pautando essas discussões. Mas o governo brasileiro tem estado em diálogo com diversos outros países sobre o TFFF.

O Brasil já tem projetos hoje de REDD+, que o recompensam pela redução do desmatamento por meio da emissão de créditos de carbono. Se a proposta do TFFF não gera créditos de carbono, como os países investidores serão recompensados?

O TFFF é um mecanismo financeiro, ele é basicamente a criação de um ‘fundo fiduciário’. Ele parece muito com esses mecanismos de universidades americanas, os ‘endowments’. O que ele vai ser é um enorme ‘endowment fund’ global.

Esse valor que nós conseguiríamos levantar vai ser investido em mercados de capitais. O retorno desse investimento vai ser deduzido do pagamento aos investidores iniciais, e disso vai restar um ‘spread’, uma diferença,’ que vai ser distribuída. É o valor dessa diferença que a gente espera que seja de US$ 4 bilhões anuais.

Então, o TFFF remunera seus investidores por meio de uma transação no mercado financeiro.

Hoje no Fundo Amazônia o dinheiro arrecadado é investido na preservação da floresta e do ambiente. O dinheiro do TFFF vai ser direcionado para o trabalho de fiscalização do desmate ou para as comunidades que estão preservando a floresta?

O TFFF é um mecanismo de pagamento por resultado. O país recebe um valor baseado na área, em número de hectares, de florestas conservadas. Ou seja, o TFFF busca criar incentivos em escala para mudar a forma como a floresta é gerida e gerar conservação.

Não é intenção do TFFF direcionar o uso dos recursos. Mas há uma exceção muito importante, que é uma grande vitória dos povos indígenas apoiados pelo Brasil: o TFFF vai exigir que pelo menos 20% dos fundos cheguem diretamente aos povos indígenas e comunidades tradicionais. Isso vai ser feito por um mecanismo a ser desenhado, que demonstre que esses recursos vão chegar na ponta.

Para o resto dos pagamentos, o TFFF tem algumas regras. Os países têm que ter um sistema de gestão financeira transparente, por exemplo, que seja avaliado pelo Banco Mundial. E eles têm que demonstrar, de uma maneira geral, como pretendem usar os recursos para conservar a floresta. Por exemplo, precisam mostrar quais são as políticas nacionais e quais são os programas nos quais eles pretendem usar esses recursos.

De todo modo, não é a ideia do TFFF direcionar nem monitorar o uso desses fundos, dado o respeito à soberania nacional dos países tropicais e dado o fato de que eles vão ser remunerados pelo resultado.

Mesmo não estando na agenda oficial da Convenção do Clima, uma decisão sobre o fundo vai sair já pronta da COP30?

Essa é a grande aposta. Achamos que nós conseguiríamos isso, em parte como resultado do nosso mutirão da COP e do foco na floresta. A COP30 não não é uma COP ‘da’ floresta, é uma COP ‘na’ floresta. Mas ela é um momento para conseguirmos angariar um volume de apoio, inclusive de promessas financeiras, e conseguirmos finalizar o diálogo com o banco multilateral de desenvolvimento que hospedaria o fundo. Estamos bem empenhados nisso.

A ideia é que seja o Banco Mundial ou o BID?

Hoje o diálogo oficial em curso é feito com o Banco Mundial, pelo Ministério da Fazenda.

O que falta de concreto para ser feito um anúncio do fundo na COP30? As pessoas que precisariam isso estarão todas lá?

Sim. Essa discussão é com o Itamaraty, que nos lidera nessa modalidade. Existe a intenção de que utilizemos o momento da COP para isso. Exatamente como vai ser feito, em qual trilha, ainda está sendo decidido, mas a intenção é sim esse lançamento na COP30.

Dos US$ 4 bilhões que se espera arrecadar com o fundo, o Brasil ficaria com a maior parte, por ter mais florestas?

Sim. Nós fizemos alguns cálculos, e é expressivo para o Brasil o volume de pagamentos possíveis. Nós estimamos que o Brasil poderia receber mais de R$ 5 bilhões (~US$ 900 milhões), com a cobertura florestal que temos hoje e as taxas de desmatamento. Isso equivale a três vezes o orçamento discricionário do Ministério do Meio Ambiente. É um volume considerável para fazer políticas públicas, para bioeconomia, para pagamento por serviços ambientais, com a intenção de conservação das nossas florestas tropicais: Amazônia e Mata Atlântica.

Mesmo que o dinheiro não seja atrelado a ações ambientais, então, a ideia é que ele seja alocado nisso? Ou a arrecadação vai de modo genérico para o Tesouro Nacional?

Nós estamos focados nas discussões sobre o desenho do fundo globalmente. As discussões sobre a alocação do fundo no Brasil a gente ainda não começou.

Mas nós temos que lembrar que nós só teremos pagamento se realmente conservarmos a floresta. Logo, esses recursos deveriam ser utilizados para programas que direta ou indiretamente contribuam para o objetivo de conservação da floresta. Então, a expectativa é que esses fundos sejam usados em programas, políticas de conservação da floresta.

Particularmente, é importante que esses recursos cheguem mesmo na base, para pequenos produtores rurais, para proprietários rurais, para povos tradicionais, para indígenas. Algo que a nossa ministra, Marina Silva, enfatiza muito é que o TFFF seja um mecanismo para fazer a transformação da qual nós falamos tanto: fazer com que a floresta em pé valha mais do que a floresta cortada.

O MMA tem apoiado outras iniciativas de conservação, como REDD+, que gera créditos de carbno, e as concessões florestais para exploração sustentável em unidades de conservação. A ideia do TFFF é cobrir as áreas não contempladas por esses outros programas?

A ideia é levar em conta que existem diferentes objetivos na floresta: a gente tem que conservar a floresta, tem que reduzir desmatamento, tem que restaurar.

Para a conservação da floresta, estamos tentando o TFFF, que paga pelo estoque de floresta.

Para a redução do desmatamento, temos diferentes mecanismos, desde o PPCDam (Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal ) ao Fundo Amazônia. O REDD+ ‘jurisdicional’, que é feito em nível de estado, pode dar um aporte extremamente importante para ajudar na redução do desmatamento.

E para a restauração existe todo um movimento do setor privado de mobilizar capital para restaurar. Com a possibilidade do mercado de carbono voluntário, por exemplo, existe uma cesta de instrumentos que dão robustez à agenda de florestas.

O TFFF, sem dúvida, pela liderança do Brasil e pelo momento que estamos atualmente, é a cereja do bolo. Nós acreditamos que é uma ideia cujo tempo chegou.

O retrocesso que está se desenhando agora na lei de licenciamento ambiental aprovada no Senado pode atrapalhar essa agenda? A ministra tem sempre insistido que a redução do desmate não vem sem investimento e sem esforço.

Eu acho que justamente é isso que estamos tentando fazer com o TFFF, com o mercado de carbono, a mobilização do setor privado, com o Plano Safra com linhas para a agricultura sustentável. Tudo isso tem o objetivo de mudar essa equação na qual a floresta em pé valha mais.

Agora, os riscos existem, vão continuar a existir, e a demanda pelos nossos produtos continua. O que nós temos que fazer é usar essas oportunidades para a intensificação do uso do solo, para a gente continuar a produzir com uma agricultura pujante que o Brasil tem, de alta tecnologia, em menores espaços, sem ameaçar a floresta.

Esses instrumentos econômicos e financeiros diversos estão todos buscando aumentar o volume de recursos para mudar a balança em favor da conservação.

Informações: O Globo.

Featured Image

Plantio de florestas ganha espaço em terras agrícolas no país 4t5j5n

Números preliminares indicam que a área chegou a 10,5 milhões de hectares no ano ado 64u4h

Distribuída em três áreas, a plantação florestal representa 80% do negócio do produtor rural André Assis, de Terra Roxa, no oeste do Paraná. Assis também cultiva grãos e mantém produção de frango e peixe, mas vê no segmento de árvores plantadas uma alternativa rentável. “É uma excelente opção para solos sem aptidão para lavoura ou pastagem”, afirma ele.

Para diversificar suas fontes de renda, Assis deu seguimento ao plantio de eucalipto, atividade em que sua família entrou há mais de 20 anos. Atualmente, o produtor mantém 1,5 mil hectares de floresta em áreas arrendadas, nas quais o rendimento médio é de 290 toneladas de madeira por hectare. O corte das árvores ocorre a cada seis ou sete anos, e a madeira serve como biomassa.

“Para nós, o eucalipto é tão rentável quanto a soja, mas ele tem a vantagem de ter uma produtividade mais estável. Com isso, acaba sendo mais viável”, afirma Assis. Ele entrega a madeira a cooperativas agrícolas da região.

Segundo a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), em 2023, o país tinha 10,2 milhões de hectares de árvores cultivadas. Números preliminares indicam que a área chegou a 10,5 milhões de hectares em 2024, o que representou um crescimento de 2,2%, ou 234 mil hectares, em relação ao ano anterior.

Para Paulo Hartung, presidente da Ibá, os maiores desafios são a falta de mão de obra e de infraestrutura de transporte, incluindo rodovias, ferrovias e portos. Ele destaca, porém, o crescimento da área de floresta que o segmento conserva, que soma 6,91 milhões de hectares. “Progredimos muito na produtividade, mas a preservação é o que nos diferencia”, disse.

Em Ponta Grossa, a Águia Florestal, empresa de plantio e industrialização de madeira, tem 10 mil hectares de pinus, de um total de 24 mil hectares de floresta. “O restante é de área nativa preservada”, afirma Álvaro Scheffer Junior, diretor da companhia.

Segundo ele, a empresa faz todo o processo produtivo, de maneira verticalizada. Isso inclui desde a pesquisa e produção de mudas de pinus nos viveiros até a entrega da madeira no Porto de Paranaguá.

Com volume de produção de cerca de 100 mil metros cúbicos de madeira serrada ao ano, que exporta para os Estados Unidos, a empresa está entrando no mercado interno neste ano, com a produção de de madeira sólida. O material servirá à construção de moradias para famílias do Rio Grande do Sul que perderam suas casas na enchente de 2024.

“É inegável a contribuição do setor para o desenvolvimento econômico e social, mas também no quesito ambiental”, enfatiza. A empresa faz um controle das emissões e estoque de carbono gerados pelo processo produtivo da atividade, com registro de 4,8 milhões de toneladas de CO2 estocadas até o fim de 2024: “o setor de árvores plantadas é o que mais preserva a floresta nativa atualmente”.

Águia Florestal produz cerca de 100 mil metros cúbicos de madeira serrada ao ano — Foto: Águia Florestal/Divulgação
Águia Florestal produz cerca de 100 mil metros cúbicos de madeira serrada ao ano — Foto: Águia Florestal/Divulgação

De acordo com a Ibá, dos 10,2 milhões de hectares de árvores cultivadas no país em 2023, 7,83 milhões de hectares eram de eucalipto, 1,92 milhão de hectares, de pinus, e 500 mil hectares, de outras espécies. Ainda segundo a entidade, 38% das áreas de floresta plantada no Brasil pertencem a produtores independentes. O restante está dividido entre os produtores de celulose, papel, painéis, pisos laminados, carvão e madeira serrada, além de investidores.

José Mauro Moreira, pesquisador de economia e planejamento florestal da Embrapa Florestas, destaca a importância de planejar a implantação de florestas com fins comerciais na propriedade rural. “Primeiramente, é importante avaliar o mercado e definir a finalidade da produção. Também é preciso planejar cada etapa e ter um controle eficiente dos custos da atividade”, afirma.

Uma alternativa, segundo o pesquisador, é começar aos poucos, implantando a floresta em áreas menores. Moreira destaca que a atividade é considerada uma poupança verde, uma vez que o retorno financeiro só terá início a partir de seis a oito anos após a implantação da cultura.

Edilson Batista de Oliveira, pesquisador da área de manejo de florestas, também da Embrapa Florestas, ressalta que o clima e o solo da região são fatores que interferem diretamente na escolha da espécie a ser plantada: “a introdução do componente arbóreo na propriedade rural é sempre positiva, mas é fundamental receber orientação sobre a espécie, seu comportamento e sobre os tratos culturais que exige”.

Informações: Globo Rural.

Featured Image

Como Paraná usa satélites da NASA no combate a disparada de incêndios florestais? 63w6z

A disparada no número de incêndios florestais neste ano, fez o Paraná buscar soluções tecnológicas para o combate dos focos. Uma parceria resultou na criação da plataforma VFogo, que conta com o monitoramento via satélite da NASA, e tem contribuído para evitar a propagação das chamas. Os registros dos últimos três anos, mostram o pico de ocorrências entre maio e outubro.

Neste ano, entre janeiro e maio, foram detectados mais de 5 mil focos de incêndio florestal no Paraná. Em janeiro de 2025 o sistema detectou 918 ocorrências: em fevereiro 974, em março 1.410, em abril 569 e em maio foram localizados 1.473 focos de calor.

Em 2024, foram mais de 50 mil focos de calor, número muito superior a 2023, quando foram detectados aproximadamente 20 mil focos.

Até maio de 2025, os municípios que mais registraram focos de calor foram Rio Branco do Sul (231), Prudentópolis (181) e Cruz Machado (172). Em todo o ano de 2024, os que mais registraram focos de calor foram São Jorge do Patrocínio (7.544), Alto Paraíso (3.725) e Altônia (3.060).

Dados do satélite da NASA auxiliam Defesa Civil do Paraná 6x5d1e

Com dados de georreferenciamento de várias instituições – incluindo a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) -, o VFogo foi desenvolvido pelo Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental). A plataforma tem auxiliado a Defesa Civil e o Instituto Água e Terra (IAT) a detectar focos de calor antes que se tornem grandes incêndios, facilitando o acionamento do Corpo de Bombeiros para combate ao fogo. 

O VFogo começou a ser criado há dez anos e atualmente faz um trabalho de sensoriamento remoto por satélites de alta resolução temporal e espacial, ambiente de processamento de alto volume de dados geoespaciais em diferentes formatos (Big Data). O sistema usa modelos matemáticos de análise e aprendizagem construídos a partir de técnicas de inteligência artificial.

O sistema faz acompanhamento em tempo real com dados dos equipamentos do Simepar, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), da Nasa, e conta com uma dezena de satélites de agências europeias e americanas que geram imagens – alguns deles com atualização a cada 10 minutos. 

“O VFogo, com o uso dos satélites, detecta incêndios com temperaturas acima de 300°C ou que tenham atingido uma dimensão de 30 metros de extensão, por um metro de largura”, explica Gabriel Henrique de Almeida Pereira, pesquisador do Simepar. 

Importante ressaltar que um mesmo incêndio pode ter mais de um foco de calor. Quando um foco de calor suspeito é identificado, O Simepar aciona a Defesa Civil, que informa o Corpo de Bombeiros para verificar a situação no local indicado.

Segundo os dados do Corpo de Bombeiros, os incêndios florestais foram responsáveis por 13.555 combates, o que equivale a 10,8% de todos os atendimentos feitos pela Instituição em 2024. Entre 1.º de janeiro e 11 de junho de 2024 foram 4.099 incêndios florestais combatidos pelos bombeiros. No mesmo período de 2025 foram 2.346.

Tendência é de alta nos próximos meses 1h1345

“No outono e no inverno ocorre menos chuva, a umidade do solo e a umidade relativa do ar estão mais baixas, há maior predomínio de massas de ar seco e ocorrência de geada, que queima a vegetação. Esse conjunto de fatores deixa a vegetação mais propícia à propagação de fogo”, afirma Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar. 

Por causa disso, a partir de junho, além dos alertas para a Defesa Civil e o IAT, todos os anos os meteorologistas do Simepar fazem um monitoramento através do VFogo para o Operador Nacional do Sistema (ONS).

O objetivo é sinalizar os focos de incêndio em todo o país com agilidade para permitir que sejam atenuados possíveis danos ao sistema de transmissão de energia elétrica, que podem causar interrupções no fornecimento. 

Informações: Bem Paraná.

Featured Image

Suzano contribui para a transformação de Ribas do Rio Pardo (MS) por meio do fomento à educação profissionalizante 2f3v1w

A construção da maior fábrica de celulose em linha única do mundo trouxe oportunidades de emprego qualificado ao município, que está ando por uma transformação na educação pública

Quando Gleika Conceição, 34 anos, voltou para Ribas do Rio Pardo (MS), depois de ar a adolescência em Campo Grande (MS), não imaginava que iria mudar de vida por meio de oportunidades que não encontrara na capital. Sem conhecer os processos da Silvicultura, ela se matriculou, em 2021, na primeira turma de formação para ajudante florestal no município e, ao final da formação, foi logo contratada. A história dela é um retrato vivo da mudança que vem ocorrendo em Ribas do Rio Pardo desde a chegada da Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global em bioprodutos de eucalipto.

Hoje, mãe de um menino, Gleika, atua na área de abastecimento de mudas e vê que o momento é um divisor de águas para quem busca crescer junto com o setor. “Comecei como ajudante, mas já estou há dois anos e meio como assistente. A Suzano sempre apoiou todos os colaboradores a crescer com a empresa, e com o curso que estou fazendo, acredito que logo estarei como técnica florestal”, conta com entusiasmo.

Ela é uma das alunas da primeira turma do curso superior de Tecnólogo em Silvicultura, fruto de uma parceria da Suzano com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). “É um curso gratuito, com professores muito atenciosos. É puxado para quem trabalha o dia todo, mas é o esforço que vale a pena. Para mim é muito importante fazer parte desta transformação que Ribas está ando. Hoje as pessoas não precisam mais sair daqui para buscar oportunidade. O setor florestal está crescendo e abrindo portas para todos”, relata.

As oportunidades às quais ela se refere são resultado de uma série de parcerias e investimentos realizados pela Suzano, que, em julho de 2024, iniciou as operações da maior fábrica de celulose em linha única do mundo. Ao longo dos três anos de construção e um ano de operação, a cidade tem vivenciado uma verdadeira revolução na oferta de educação profissionalizante. Além da estrutura de ponta da fábrica, um dos grandes diferenciais de viver e trabalhar em Ribas do Rio Pardo é a possibilidade de o à formação técnica e superior na própria cidade.

Hélio Rodrigues, 35 anos, também atua na área de Silvicultura da Suzano e mudou-se para Ribas do Rio Pardo há pouco mais de um ano e meio. Com 12 anos de atuação no setor florestal, ele avalia que o cenário atual representa um marco na trajetória de quem escolheu crescer com a empresa. Natural de Mato Grosso, ele e a família acreditam muito no potencial da região e um dos diferenciais encontrados é ter de formação qualidade à disposição. “Ter um curso superior na porta de casa é uma oportunidade única, são raras as cidades do porte de Ribas que têm oportunidades. Para mim, esse conhecimento que nos liberta e abre caminhos para o crescimento dentro de um setor que só tende a se fortalecer”, afirma.

Ecossistema de oportunidades

Assim como a UEMS, o Governo do Estado e o Sistema S também se uniram à Suzano na oferta de programas de formação técnica que visam preparar a população local para as oportunidades geradas pelo novo polo industrial. “A Suzano acredita que a educação é a melhor ferramenta para contribuir com o desenvolvimento socioeconômico das regiões onde atua. Por isso, alinhado ao nosso direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’, investimos em parcerias que fortaleçam a educação e a formação profissional em Ribas do Rio Pardo, contribuindo de forma concreta para a construção de um futuro mais justo e sustentável para todos”, destaca Rodrigo Zagonel, diretor de Operações Florestais da Suzano em Ribas do Rio Pardo.

Desde 2021, o número de estudantes matriculados na educação profissional em Ribas do Rio Pardo saltou de 89 para 736, segundo dados do Governo do Estado. Um dos principais marcos dessa evolução é o Itinerário Formativo em Florestas, definido pela Secretaria de Estado de Educação (SED) em parceria com a Suzano, com base na estrutura disponível e na vocação de cada município. A iniciativa permite que os estudantes escolham trilhas de formação alinhadas às demandas locais e aos seus próprios interesses. No modelo alinhado ao Novo Ensino Médio, os estudantes escolhem, no ato da matrícula, uma área de aprofundamento de acordo com suas afinidades e interesses profissionais.

Débora Aparecida de Araújo Pereira, diretora da Escola Estadual Eduardo Batista Amorim, que atende cerca de 550 estudantes, avalia como extremamente positiva a presença da formação profissional no currículo, especialmente diante do novo cenário socioeconômico de Ribas do Rio Pardo. “A chegada da fábrica criou uma expectativa de trabalho imediata, mas poucos pensam em se especializar. A empresa oferece oportunidades de crescimento, e nosso papel é mostrar para os alunos que estudar e se preparar é o caminho para conquistar esse espaço”, explica.

Em paralelo, a empresa desenvolve o projeto Estratégia de Educação da Suzano, que atua na promoção da jornada educacional e na preparação para o mercado de trabalho, com potencial de beneficiar cerca de 2.350 adolescentes e jovens de 14 a 24 anos. A iniciativa contempla ações para garantir a permanência e conclusão da educação básica, além de promover a inclusão produtiva por meio do o ao ensino técnico, programas de aprendizagem, estágios e oportunidades de emprego.

Polo de qualificação

A expansão das oportunidades de emprego também se reflete em investimentos de infraestrutura. Um dos principais exemplos é o novo Centro Integrado Sesi Senai (CISS). Com investimento inicial de R$ 58,5 milhões da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), o CISS está sendo construído em uma área de 6,1 mil metros quadrados às margens da BR-262 e reunirá, em um único espaço, ensinos fundamental, médio, técnico e superior, com foco na formação cidadã e na preparação para o mercado de trabalho.

Previsto para ser concluído em 2026, o CISS está em fase avançada de obras e, quando concluído, terá potencial para atender até 850 alunos do Sesi e até 1,3 mil alunos do Senai. A Escola Sesi já funciona em estruturas temporárias com salas de aula climatizadas em contêineres modulares, com capacidade para atender até 180 alunos do ensino fundamental nos turnos matutino e vespertino.

“Ver de perto a transformação que a educação está trazendo para Ribas do Rio Pardo é algo muito significativo para nós. A parceria entre a Suzano, o poder público e outras instituições é essencial para tornar esse avanço possível, especialmente com a construção do Centro Integrado Sesi Senai. Mais do estruturas, como no caso do CISS, estamos falando de oportunidades reais de futuro para centenas de jovens e suas famílias. É um o importante para garantir que o desenvolvimento da região caminhe junto com a inclusão e a formação das pessoas”, acrescenta Rodrigo Zagonel.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br.

Anúncios aleatórios w6j56

+55 67 99227-8719 [email protected]

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados Desenvolvimento: Agência W3S